A natação na Associação Atlética Caldense teve início a partir da construção do Complexo Aquático “Bilac Pinto”, inaugurado em setembro de 1965, como parte das comemorações do 40º aniversário do clube. Embora a solenidade de abertura tenha ocorrido naquela data, a piscina passou a ser utilizada apenas em janeiro de 1966, após ajustes estruturais. Logo nos primeiros meses de funcionamento, a modalidade começou a ser estruturada, com aulas de natação oferecidas às associadas, marcando o início de uma tradição que se desenvolveria nas décadas seguintes.
Nos anos 1970, a modalidade começou a se organizar de forma mais consistente. Aulas e treinamentos foram oferecidos, e o clube já contava com seus primeiros grupos de nadadores. Em 1975 e 1977, diretores propuseram projetos para aquecimento da piscina, o que permitiria maior adesão dos associados e melhores condições de treino, mas as dificuldades financeiras postergaram a iniciativa. Ainda assim, a natação seguiu crescendo. No final da década de 1980, atletas da Caldense alcançaram destaque em competições estaduais e regionais, como o Campeonato Mineiro, em que Gustavo Delarolli conquistou o título dos 100 metros borboleta, além do ouro no revezamento 4×100 livre em Uberlândia, em 1987. Pouco depois, em 1989, a equipe do clube venceu os Jogos Regionais Mineiros em diversas provas, consolidando a Caldense entre as forças da modalidade no estado.
Nos anos 1990, a equipe seguiu competitiva. Em 1994, o time Caldense/SESI obteve bons resultados nos Jogos da Juventude em Lavras, além de pódios em torneios abertos regionais. Nomes como Fabrício Mantovani e outros jovens talentos representaram o clube em competições externas, reforçando a presença da Caldense na natação mineira. Em 1997, um marco importante foi alcançado: a construção da piscina coberta e aquecida, um sonho antigo que finalmente se tornou realidade, ampliando as condições de treino e permitindo maior adesão, sobretudo em função do clima frio de Poços de Caldas. A partir daí, a natação pôde se desenvolver de forma mais estruturada, oferecendo condições adequadas para treinamentos, competições e atividades recreativas.
Nas décadas seguintes, a Caldense manteve participação ativa em campeonatos internos e externos. O clube promoveu eventos voltados para diferentes faixas etárias, dos iniciantes aos veteranos, e sediou torneios que reforçaram a tradição aquática do clube. Em 2018, a instituição foi reconhecida com o Prêmio Tradição Esportiva, oferecido pelo Governo de Minas Gerais, através da atleta Isabel Maimoni, que recebeu a premiação de Atleta de Destaque Paralímpica Escolar Feminino, em representação à Caldense. O feito evidenciou o compromisso do clube com a diversidade e a inclusão esportiva.
Nos anos recentes, a natação seguiu viva no calendário esportivo da Veterana. Em 2023, foi realizado o Campeonato Interno de Natação, reunindo dezenas de associados em provas que valorizaram tanto o caráter competitivo quanto o recreativo da modalidade. Em 2024, representantes do clube participaram da Olimpíada dos Trabalhadores, conquistando pódios em diversas provas e colocando novamente o nome da Caldense em evidência. Ainda no mesmo ano, os professores da modalidade participaram de capacitações em primeiros socorros e resgate aquático, demonstrando a preocupação constante do clube com a segurança e a qualidade no ensino esportivo.
Atualmente, o complexo aquático da Caldense conta com uma piscina semi-olímpica destinada a treinamentos e competições, além de piscinas recreativas, térmica coberta e áreas de apoio que fazem parte da infraestrutura esportiva. A natação, que começou como uma iniciativa modesta na década de 1960, tornou-se uma modalidade estruturada, marcada por conquistas regionais, estaduais e pelo reconhecimento institucional. Mais do que títulos, a história da natação na Caldense reflete o esforço do clube em promover saúde, lazer e integração entre seus associados, consolidando-se como parte fundamental do legado centenário da instituição.









