Gabriela Mendes Ferreira de Camargo, de 11 anos, é atleta da equipe de vôlei da Caldense. Atua na categoria Sub-11, vem disputando a LIDARP e os circuitos da modalidade que a Veterana participa anualmente. Entretanto, o esporte na vida de Gabriela não se limita somente às quadras. Desde os 6 anos de idade, Gabriela treina e compete bicicross. Se destacou muito cedo e conquistou importantes títulos para a cidade de Poços, celeiro de ótimos competidores da modalidade.
Mesmo com apenas 11 anos, Gabriela é exemplo de esforço, vontade e também de organização. “Muito competitiva”, de acordo com sua mãe, a jovem atleta organiza sua rotina semanal conciliando na sua agenda os diversos compromissos esportivos com os estudos: treino de vôlei, treino de bicicross, academia, crossfit. “Ah, é o dia inteiro treinando. Não paro em nenhum lugar. É uma rotina bem puxada”, disse Gabi.
No primeiro final de semana de julho, Gabriela levou o título da competição mais importante do país: foi topo do pódio no Campeonato Brasileiro de BMX, realizado na cidade de Indaiatuba. “Foi muito bom, foi muito legal. Me senti muito feliz quando cheguei e vi que ganhei o primeiro lugar”, respondeu a atleta ao ser perguntada sobre o sentimento de ser a primeira colocada.
A sua paixão pelo bicicross surgiu quando acompanhava o irmão nas competições e logo surgiu o seu interesse pela prática do esporte. Já no vôlei, Gabriela sempre teve uma paixão pela modalidade e, por não conseguir conciliar os horários de treinos de vôlei na escola com os treinos de bicicross, decidiu começar a praticar na Caldense, onde está desde abril deste ano.
Apenas em 2023, Gabriela já competiu mais de quinze vezes no BMX e, de acordo com ela, a expectativa das viagens é o que mais lhe motiva dentro do esporte. “As competições e as viagens me deixam muito animada, e a que mais marcou foi a viagem para Buenos Aires”, disse.
A mãe da Gabi, Beatriz Mendes Ferreira de Camargo, se mostra muito importante na orientação da jovem atleta no entendimento da importância de sempre estar praticando um esporte, independente dos resultados.
Você orienta a Gabi a já escolher um dos esportes para focar?
Beatriz: Sim. A menos que ela queira deixar o esporte só para hobby, mas a nível competitivo, é interessante ela já escolher um dos dois para focar. Dizemos para os nossos filhos que eles precisam praticar pelo menos um esporte. Ela é muito competitiva, ela diz que gosta muito mais de competir do que de treinar.
Qual momento a Gabi mais te deu mais orgulho?
Beatriz: O campeonato brasileiro, sem dúvida. Foi muita emoção, porque a gente vê o quanto ela se dedica, então foi muito merecido. Ela sofreu bastante quando bateu na trave no campeonato do ano passado. Foi a época que ela quis largar o bicicross. Mas orientei ela que perder também faz parte. Ela se dedicou muito e a gente ficou muito feliz porque vimos que foi muito merecido o título.
Como você faz para trabalhar as derrotas na cabeça da Gabi?
Beatriz: Junto com o treinador dela, que tem bastante experiência na área para lidar com atletas de alta performance, eles ajudam a trabalhar isso, dando exemplo de outros atletas que também perderam em certos momentos, corrigindo algumas coisas que ela acaba errando, tudo isso na base da conversa. Outros campeões também perdem, têm dias que não estão bem, etc. Explicamos que o importante é participar, e ganhar é consequência. O mais importante é estar praticando um esporte.