A equipe alviverde foi batizada pela imprensa em 1974 como “a terceira força de Minas”, por terminar o estadual em terceiro lugar, à frente das mais fortes equipes da época, como América, Uberaba, Villa Nova, Valério e atrás apenas de Cruzeiro e Atlético.
Em comemoração aos 50 anos do primeiro título da era profissional da Caldense (Copa Sul Triângulo de 1974) e da primeira vez que a equipe foi campeã do interior (1974), o departamento de marketing da Caldense lançou uma réplica da lendária camisa do esquadrão imortal da Veterana.
A camisa retrô é idêntica à original, inteira branca, com escudo da época bordado no peito, gola e punho listrado de verde branco e o número 74 costurado nas costas. O manto pode ser adquirido na Caldense Store pelo preço de R$ 119,90, com opções nos tamanhos P, M, G, GG, G1 e EXG.
A história da camisa
A Caldense era um dos times mais competitivos de Minas Gerais na década de 60, mas por ser uma equipe amadora/semiprofissional, encontrava algumas barreiras que dificultavam seu desenvolvimento. Quando a Veterana subiu para a Divisão Especial do Campeonato Mineiro em 1972 e profissionalizou o departamento de futebol, seu objetivo principal passou a ser se consolidar como a terceira força do estado. Dessa forma, a diretoria formada por Luiz Sodré, Geraldo Martins Costa e Sebastião Navarro passou a se empenhar com muito afinco para trazer alegrias aos torcedores.
A primeira participação da Caldense na divisão principal foi muito positiva. A equipe terminou na quinta posição, atrás de Cruzeiro, Atlético, América e Atlético de Três Corações. O time contava com o inesquecível trio Toninho, Paulinho e Serginho, sendo que os dois primeiros foram os artilheiros da equipe com cinco gols cada. O desempenho da equipe motivou ainda mais os dirigentes, jogadores e torcedores para a temporada seguinte, a de 1973. Todos sabiam do potencial da Veterana e apostavam em uma grande campanha.
O elenco estava recheado de craques como Buzuca, Neto, Luiz Carlos Beleza, Aílton Lira, Arnaldo, Jota Lopes, Ganzepe. Mas já não contava com o trio de sucesso do ano anterior, pois Toninho, Paulinho e Serginho foram negociados com o Atlético-MG. O Verdão terminou a primeira fase em segundo lugar e avançou às semifinais. Mas não fez uma boa sequência de jogos, foi desclassificado e terminou a competição na sétima colocação.
Essa temporada serviu como experiência para o ano de 1974. O time manteve a base e se reforçou. Chegaram peças importantes para o time de Juquita, como Cafuringa e Jeremias. Naquela época o Campeonato Mineiro acontecia no segundo semestre com um formato bem diferente do atual. Porém, antes dele, a Federação Mineira de Futebol decidiu organizar uma competição de pontos corridos denominada Copa Sul-Triângulo, que reuniu times do Sul de Minas e do Triângulo Mineiro, como Nacional de Uberaba, Atlético de Três Corações, Uberlândia, entre outros. A Veterana foi absoluta e conquistou o título com uma campanha quase perfeita. Em doze jogos, venceu 6, empatou 5 e perdeu apenas 1. Marcou 23 gols e sofreu 5. Cafuringa se despontou como artilheiro com incríveis 11 gols. Foi o primeiro título da era profissional da Veterana.
A competição foi crucial para dar entrosamento à equipe, que chegou afiada ao Campeonato Mineiro. Logo na estreia, a Caldense derrotou o Atlético-MG por 2 a 0. Em seguida, conseguiu importantes vitórias fora de casa e avançou para a semifinal da primeira etapa, onde venceu quase todos os adversários, inclusive o Cruzeiro por 1 a 0. Dessa forma se classificou para a segunda etapa juntamente com outros sete times, que se enfrentaram em dois turnos. A Veterana derrotou o América por 1 a 0, superou novamente o Atlético, dessa vez por 2 a 1 e fez grandes triunfos contra Villa Nova e Nacional.
No segundo turno o Verdão foi goleado por Galo e Cruzeiro, mas não perdeu para nenhum outro time. O campeonato terminou e a Caldense enfim alcançou seu objetivo. Terminou a competição na terceira posição, atrás apenas de Cruzeiro e Atlético. Se tornou campeã mineira do interior e foi chamada pela imprensa de “a terceira força de Minas”. No total foram 27 jogos, 15 vitórias, 5 empates e 7 derrotas. 32 gols a favor e 24 contra. Cafuringa foi o artilheiro com 12 gols e Aílton Lira o vice com 8. Foi a primeira conquista do tetracampeonato do interior que viria em sequência, fechando uma inesquecível série de títulos em 1974, 1975, 1976 e 1977.