A primeira manifestação espontânea ocorreu em 1942, ocasião em que os atletas do futebol de campo João Domingos Francisco (Capijoão) e Paulo Ferreira (o conhecido Paulo14), representaram, pela primeira vez na história do Atletismo o clube e Poços de Caldas na São Silvestre, em São Paulo.
Em 1943, novamente Capijoão, Paulo e Artista, com disposição e coragem foram para mais uma disputa da São Silvestre. As passagens e hospedagem foram pagas por José Remígio Prézia.
No dia 14 de agosto de 1949, uma competição de atletismo foi realizada no Bairro da Vila Cruz.
O Departamento de Atletismo foi criado a 16 de junho de 1960, por inspiração direta do presidente Antônio Megale e seu primeiro diretor foi Dilberto Wins Alfaya.
Alfaya iniciou seu trabalho visitando as escolas da cidade e convidando alunos para os primeiros treinamentos no Clube. Tal era o entusiasmo do diretor que o Departamento passa a receber doações de material esportivo das casas comerciais de Poços, tais como: discos, dardos, pesos e bastões para corrida. Dilberto traz para trabalhar consigo o estudante José Paschoal Rossetti e sugeriu que o mesmo fosse incorporado ao Departamento de Propaganda para divulgar a modalidade.
Em 1960 a equipe feminina de atletismo era composta por: Ana Cecília, Cléa, Cleide, Cleusa Maria, Dagmar, Jesuína, Lucy, Maria da Graça, Nair, Sônia e Vera.
José Vicente Castellano, em junho de 1961, assume a direção do Departamento, em virtude do pedido de demissão, por motivos particulares, de Alfaya. Naquele ano o atletismo foi campeão geral dos IV Jogos Abertos da Média Mojiana, além de melhorar os índices técnicos da competição no salto em extensão, tanto no masculino quanto no feminino.
Outras experiências ocorreram nos Jogos Abertos da Média Mojiana, quando a atleta Cleide Suely Guitarrari venceu os 100 metros rasos para moças, batendo o recorde dos Jogos e levando o atletismo à honrosa classificação no 3 lugar geral.
Nos V Jogos Abertos da Mojiana, realizados em Poços de Caldas, em 1962, Erley Gomes Negrão venceu os 5.000 metros.
Para aquela ocasião a Caldense contou com os seguintes atletas: Antônio Carlos dos Santos, Benedito Lopes Buono, Edvaldo Costa, Erley Gomes Negrão, Haroldo Graci, José Antônio de Carvalho, José Eduardo Oliveira Filho, José Jerônimo Sales, Luís Antônio Ballerini, Luís Vacarelli, Marcelo Castellano, Messias da Silva Campos, Olivino Martins Alvarenga, Pedro Delfino, Raimundo Nonato e Vicente Marcicano. Vera Lúcia Alves Alfaya, sozinha, vai a São Caetano do Campo-SP, em outubro de 1964, representar a A.A.C. e obtém boa classificação. A diretoria consigna, em ata, voto de louvor por sua coragem e dedicação ao Clube.
A equipe de atletismo em 1964 nos VII Jogos Abertos da Média Mojiana conseguiu o tri-campeonato com os seguintes atletas treinados por Dilberto Wins Alfaya:
Feminino
Ercy Torres, Eurídes da Silva Oliveira, Gláucia Maria de Andrade, Íris Avela, Leila Maria Fabri, Lígia da Silva Oliveira, Maria Alice Avela, Maria Heloísa Caponi, Maria Lúcia de Paiva, Maria Tereza Megale, Vanice Reis Pizzo e Vera Lúcia Alfaya.
Masculino
Antônio Carlos dos Santos, Aureliano Monteiro de Carvalho, Benedito Lopes Buono, Edvaldo Costa, Fernando Franceschini, Hélio Grandinetti, Jair José de Carvalho, José Benedito Monteiro de Carvalho, José Eduardo Oliveira, Marcelo Castellano, Márcio Antônio Magalhães, Mílton Gaiga, Paulo Mangueira, Pedro Delfino, Sérgio Vitti, Ubirajara Pereira, Vicente Marcicano e Wardy Gonçalves.
Em 1968, nos I Jogos Abertos do Interior, disputados em Varginha, José Eduardo Oliveira Filho ficou em 1o lugar no lançamento de dardos, fazendo um lançamento que alcançou 48,57 m. Repetiu o feito nos Jogos Abertos da Mojiana, nesse mesmo ano, em São João da Boa Vista, lançando a uma distância de 48,80 m.
Nos anos de 1974 e 1975 vamos encontrar em atividade orientados por Wardy Gonçalves os atletas: Cirineu Augusto Ferreira, Clayton Dal’Ava, Elenice Maria David, Eduardo Ricci, Ézio Pena e Silva, Glenda Maywald Prata, Jacira Rosa Pisani, Janete Dias, José Carlos Pereira, Joseane Rose da Silva, Lilian Maria Aparecida do Prado, Luiz Carlos Prézia, Luiza Helena, Marcos Pelegrinelli, Margareth Stano, Maria Luiza Vieira dos Santos, Mário Xandó de Oliveira Neto, Nora Ney, Paulo Paran, Rosely Cava, Valéria Gonçalves Motta e Valério Ribeiro do Lago.
Passada a boa fase, por um longo período o atletismo não foi prioridade dentro do Clube. A retomada das atividades aconteceu alguns anos mais tarde, em 1989, com o Departamento sob a direção de Joel Piconi de Souza, tendo por técnico Olivino Martins de Alvarenga e os atletas: Adenira da Silva, Anderson Martins, Elza Passoni, Joseane Veronesi, Lígia Alvarenga, Luís Paulo Terron, Miranel de Oliveira Santos, Rosilene e Roseli Domingues, dedicados às corridas.
A partir de então o Atletismo trouxe inúmeros títulos por equipe e individuais à A.A. Caldense, participando enquanto foi mantido de todas as provas promovidas em várias cidades do sul de Minas Gerais como: Andradas, Cabo Verde, Caldas, Conceição do Rio Verde, Guaxupé, Machado, Monte Sião, Muzambinho, Silvianópolis e Varginha, ou em cidades do estado de São Paulo: Aguaí, Cruzeiro, Leme, Limeira, Rio Claro e São João da Boa Vista, elevando o nome do Clube na região.
O ano de 1993 foi encerrado com o Clube enviando quatro competidores para a corrida de São Silvestre, em São Paulo: Carlos Alexandre Santos, Hélio Teixeira, Izonel da Silva e Luís dos Santos.
Nos últimos anos, o atletismo da Caldense viveu um novo ciclo de crescimento, marcado tanto pela participação em corridas de rua quanto pela entrada em modalidades como o triathlon, o duathlon e o ciclismo de longa distância. Atletas do clube conquistaram títulos expressivos em provas nacionais, incluindo o Campeonato Brasileiro de Triathlon Cross, o Campeonato Brasileiro de Duathlon Cross e etapas do Troféu Brasil de Triathlon, além de participações em eventos internacionais como o XTerra World Championship, na Itália.
Outro capítulo de destaque ocorreu em 2023, quando a Caldense se filiou à Federação Mineira de Atletismo (FMA), reforçando sua presença no calendário oficial da modalidade. Essa filiação abriu caminho para que atletas do clube competissem em provas valendo pontos para rankings estaduais e nacionais, consolidando ainda mais o nome da Veterana em nível competitivo.
Mais recentemente, atletas patrocinados pela Caldense conquistaram pódios de grande relevância, como a vitória na tradicional Volta ao Cristo, em Poços de Caldas, o título da GuaxuRun e conquistas expressivas em corridas nacionais e internacionais. O clube também tem incentivado talentos paralímpicos, com medalhas conquistadas em competições escolares, regionais e adultas, reafirmando seu compromisso com a inclusão.
Ao longo de mais de oito décadas, o atletismo na Caldense se transformou em uma expressão do espírito poliesportivo da instituição. Das primeiras corridas em São Paulo à presença em campeonatos mundiais, passando pelas conquistas regionais e pela criação da Caldense Running, a modalidade traduz a vocação do clube em unir tradição, excelência esportiva e participação comunitária.
Um marco fundamental dessa fase foi a criação da Caldense Running, corrida organizada pelo próprio clube e realizada anualmente desde 2022. Logo em sua primeira edição, o evento reuniu centenas de participantes e se consolidou como uma das principais provas de rua da região.
Em 2023 e 2024, a corrida cresceu em estrutura e adesão, trazendo atletas de diferentes cidades e fortalecendo o calendário esportivo de Poços de Caldas. Mais do que uma competição, a Caldense Running se tornou símbolo da capacidade organizativa do clube e de sua integração com a comunidade.
Em 2025, a prova teve sua quarta edição, realizada em 14 de setembro. Houve um total de 2.200 inscritos, provenientes de 88 municípios, reforçando o compromisso da Caldense em manter viva uma tradição que já faz parte de sua história centenária.






