Morre Edmílson Cenoura, sétimo maior artilheiro da história da Caldense

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Faleceu na tarde desta terça-feira (18), aos 49 anos, o ex-centroavante da Caldense Edmílson Vasconcelos Ferreira, em decorrência de um infarto. Edmílson Cenoura, como era mais conhecido, defendeu a Veterana nas temporadas de 1995, 1996, 1998 e marcou um total de 26 gols. Foi homenageado pelo clube em 2018 por ser o sétimo maior artilheiro da história profissional da Veterana. A informação de sua morte foi divulgada pelo ex-prefeito de sua cidade natal e amigo pessoal, Breno Konrad Meira Moreira, através das redes sociais.

Edmílson nasceu em São Sebastião do Passé-BA em 04 de março de 1972. Defendeu as categorias de base do Bahia no final dos anos 80, onde se profissionalizou com apenas 16 anos. Depois passou por Fluminense-BA e Vila Nova-GO, antes de chegar à Caldense. Entre as passagens pelo Verdão defendeu Guarani e Ponte Preta. Depois foi contratado pelo Atlético-MG, onde permaneceu até 2000. Na sequência ainda vestiu a camisa de clubes como Figueirense, Mamoré e Gama.

Recebeu o apelido “Cenoura”, ou por vezes “Cenourinha”, quando defendia o Atlético-MG e ao marcar um gol contra o América-MG, comemorou comendo uma cenoura, em uma alusão ao coelho, mascote do clube. A torcida adversária não gostou nada da atitude e o jogador teve deixar o estádio escoltado pela polícia e passar os dias seguintes à partida sob os cuidados de seguranças, além de ele ter tido de mudar de apartamento.

Em 2018 Edmílson esteve em Poços de Caldas para ser homenageado no evento de premiação aos maiores artilheiros da história da Veterana e foi entrevistado por Renan Muniz para a TV Caldense. Durante a matéria, Edmílson relembrou sua trajetória no futebol e contou histórias engraçadas. Como uma guerra de extintor entre os atletas durante a estadia em um hotel, que culminou em multa para todos os jogadores do plantel; o dia em que ele entrou em campo com duas camisas da Caldense, marcou um gol, arremessou uma das camisas para a torcida e depois, à pedido de um diretor do clube, teve de correr atrás para recuperar o material.

Um dos pontos altos da entrevista foi quando Edmilson contou em detalhes a histórica vitória alviverde contra o Atlético-MG no Independência em 1998 por 5 a 2, ocorrida em um sábado de carnaval, em que ele marcou três gols. A partida teve repercussão nacional pelo placar elástico, o maior já aplicado pela Caldense contra o Galo e também pelo fato de o então goleiro da Seleção Brasileira, Taffarel, que estava na equipe de Belo Horizonte, ter levado dois frangos no duelo.

A Associação Atlética Caldense manifesta os mais sinceros sentimentos de pesar a todos os amigos e familiares e agradece todos os serviços prestados por Edmílson à instituição.