Jogadores da Caldense serão monitorados por GPS durante a Série D

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Na vitória contra a Portuguesa no último sábado por 2 a 1, a Caldense utilizou pela primeira vez em um jogo oficial o monitoramento de jogadores por GPS. A tecnologia mensura a distância total percorrida por cada atleta, frequência cardíaca, quantidade de corridas acima de 14 km/h e 20 km/h e ainda mostra o mapa de calor com o posicionamento e deslocamento dos atletas.

O sistema havia sido utilizado pelo clube nos jogos em caráter amistoso contra o Corinthians Sub-23 e a Ferroviária, além de estar presente em alguns treinos da equipe. O dispositivo, similar a um relógio de pulso digital, é colocado em uma espécie de colete, em que os jogadores vestem por baixo da camisa e estará presente em todos os jogos da Veterana na Série D.

O dispositivo mensura a distância total percorrida por cada atleta, frequência cardíaca, quantidade de corridas acima de 14 km/h e 20 km/h e ainda mostra o mapa de calor com o posicionamento e deslocamento dos atletas (Foto: Renan Muniz / Caldense)

“Através do GPS, calculamos algumas variáveis para classificar treinos/jogos e acompanhar o rendimento dos atletas. Com os dados obtidos, podemos classificar se o atleta está tendo uma sobrecarga, destreinamento ou se está dentro das condições ideais” – disse o preparador físico e fisiologista da Caldense, Felipe Pezzo.

“Os números do jogo contra a Portuguesa foram muito satisfatórios, pois mostraram um desempenho físico muito próximo ao de atletas de equipes da Série A e B. Isso é importante, pois mostra que nossa intensidade foi alta, dentro da nossa meta. Cada atleta percorreu em média 8 km no jogo, com mais de 50% do grupo com cerca de 30 ações acima de 20 km/h. Tivemos um volume alto e qualidade física alta. Agora vamos trabalhar para manter esse nível e quem sabe até melhorar” – completou Felipe.

Exemplo com as informações geradas pelo GPS coletadas no jogo-treino contra o Corinthians Sub-23. O dispositivo mostrou que o atleta Guilherme Martins, mesmo sendo zagueiro, movimentou bastante pelo campo e teve um alto rendimento físico

Além da parte física, o aparelho gera informações que são úteis também para a parte técnica, como o mapa de calor, que possibilita comparar o posicionamento de cada jogador durante a partida com outros atletas da mesma posição e saber se o sistema tático foi cumprido.

“O diferencial de contar com essa tecnologia é sairmos do parâmetro do achismo e passarmos a ter dados concretos. Com isso podemos direcionar os trabalhos e ajustar com o perfil de cada jogador. O atleta que vem para a Caldense hoje, sabe que tem um respaldo muito grande, com uma equipe à disposição. Além disso, o fato de o jogador saber que está sendo monitorado, faz com que ele passe a render ainda mais dentro de campo” – finaliza Felipe.

O preparador físico e fisiologista da Caldense, Felipe Pezzo, foi o responsável por implantar a tecnologia no clube (Foto: Renan Muniz / Caldense)